Os testículos fazem parte do órgão reprodutivo masculino e são responsáveis pela produção dos espermatozoides. O câncer de testículo é um tumor menos frequente, mas com o agravante de ter maior incidência em jovens em idade produtiva. A criptorquidia (testículo que não desce para a bolsa escrotal) é um fator importante, que influi no aparecimento deste tipo de tumor. Dentre os tumores malignos do homem, 5% ocorre nos testículos. O câncer de testículo atinge principalmente homens entre 15 e 50 anos de idade, sendo considerado raro. Sua incidência é de três a cinco casos para cada grupo de 100 mil indivíduos.
Sintomas O sintoma mais comum é o aparecimento de um nódulo duro, geralmente indolor, aproximadamente do tamanho de uma ervilha. Mas, ao apalpar qualquer massa que não tenha sido verificada anteriormente, um especialista deve ser procurado imediatamente. A alteração encontrada pode se tratar somente de uma infecção, porém, no caso de um tumor, o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura. Deve-se ficar atento a alterações como aumento ou diminuição no tamanho dos testículos, dor imprecisa no abdomen inferior, sangue na urina e aumento ou sensibilidade dos mamilos.
Fatores de Risco Os principais fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de testículo são: histórico familiar desse tumor, lesões e traumas na bolsa escrotal e a criptorquidia. Na infância, é importante o exame do pediatra para verificar se ocorreu normalmente a descida dos testículos para a bolsa escrotal. O uso de hormônios, certas doenças como caxumba ou infecção viral, e hereditariedade têm sido sugeridas como fatores que podem aumentar os riscos de um homem desenvolver câncer de testículo.
Prevenção O auto-exame dos testículos é um hábito salutar e muito importante na prevenção desse tipo de câncer e deve ser realizado mensalmente.
Diagnóstico Se por um lado é uma doença agressiva com alto índice de duplicação das células tumorais, por outro lado, é de fácil diagnóstico e um dos tumores com maior índice de cura. A maioria dos cânceres de testículo são diagnosticados pelo próprio paciente, que acidentalmente ou por um auto-exame intencional, palpa um nódulo ou um aumento em um dos testículos. Às vezes essas alterações são detectadas em um exame físico feito pelo seu médico.
Tratamento O tratamento inicial é sempre cirúrgico e ocorre através de um pequeno corte no abdomen, quando se expõe o testículo e a biópsia é realizada. O resultado do material retirado é feito no momento da cirurgia. Nos casos de positividade para câncer, é procedida a retirada do testículo que não afeta a função sexual ou reprodutiva do paciente. O tratamento posterior poderá ser cirúrgico, radioterápico, quimioterápico ou através de controle clínico.