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Fígado

Fatores de risco Os tumores hepáticos são mais frequentes em indivíduos com mais de 60 anos de idade. Apesar de alguns fatores ambientais aumentarem o risco de desenvolver o câncer hepático, como a exposição a certos produtos químicos e ingestão de alimentos com aflatoxinas, os maiores riscos são a infecção crônica do fígado pelo vírus da hepatite B ou C e cirrose hepática.

Sintomas Dores na parte superior direita do abdomen, que pode se irradiar para o ombro direito; próximo ao ombro direito, região escapular; e nas costas. Aumento do volume abdominal, com ou sem massa endurecida abaixo da costela do lado direito, indicando um aumento do fígado. Fraqueza e mal estar generalizado, pele e mucosas amareladas.

Diagnóstico Pessoas com sintomas devem procurar um médico. Durante a consulta o médico realizará o exame físico para detector alterações no fígado, baço, inchaços e procurar por sinais de icterícia. O médico poderá pedir um exame sanguíneo chamado de dosagem de Alfa-fetoproteína, que pode estar positiva em 50 a 70% dos indivíduos portadores de tumores hepáticos. Poderão ser pedidos exames de hepatite B e C e outros exames como de enzimas hepáticas. Ultrassom de abdomen - usado para avaliar o fígado, baço, linfonodos e rins. Tomografia Computadorizada - usa raios-x para criar detalhes do fígado, vasos sanguíneos e outros órgãos. Pode ser usado um contraste injetado pela veia que torna o fígado e os tumores mais claros. Ressonância Nuclear Magnética - usa ondas eletromagnéticas para fazer desenhos detalhados das estruturas do nosso corpo. Às vezes é capaz de diferenciar um tumor benigno de tumor maligno. Laparoscopia - Utiliza um tubo fino com micro-câmera e iluminado para visualizar o interior do abdomen, que é inserido através de uma pequena incisão. Biopsia - remove um pequeno fragmento de tecido para exame microscópico. Os outros exames podem sugerir o diagnóstico de câncer, porém a biópsia é o único exame que dá certeza. A biópsia pode ser realizada durante a laparoscopia, por aspiração de agulha fina ou usando uma agulha grossa.

Prevenção Uma forma preventiva do câncer de fígado é feita, principalmente, através da prevenção da hepatite B e C e da cirrose hepática. Para a hepatite B, a prevenção é feita pela vacinação, cuidados no banco de sangue e no manuseio de materiais cortantes ou de perfuração como agulhas. A melhor forma de prevenção contra a cirrose é por meio de medidas contra o alcoolismo e do controle do uso abusivo do álcool. Em pacientes com cirrose, em quem o risco é bem maior do que no restante da população, é recomendada a realização de ecografia de abdomen e dosagem de alfa-fetoproteína a cada 6 a 12 meses, na tentativa de detectar precocemente o câncer de fígado.

Tratamento No caso específico de câncer de fígado, o tratamento cirúrgico é o mais indicado para os tumores hepáticos primários, na ausência de metástases à distância e para os tumores hepáticos metastáticos em que a lesão primária foi ressecada ou é passível de ser ressecada de maneira curativa. A eficácia e a segurança na ressecção hepática são fundamentadas no conhecimento da anatomia e compreensão da fisiologia do fígado. A indicação de uma cirurgia de ressecção hepática dependerá do estado clínico do paciente com câncer de fígado e da quantidade prevista de parênquima hepático restante. A radioterapia nos tumores hepáticos é limitada pela baixa tolerância do parênquima hepático à radiação. A dose tolerada fica abaixo da necessária para uma efetiva ação antitumoral e para total controle da lesão. No entanto, a radioterapia é indicada porque acarreta alívio temporário de sintomas. É necessário avaliar os riscos de lesão do parênquima hepático normal, limitando muito o emprego dessa terapêutica para cânceres de fígado.