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Pênis

O câncer que atinge o pênis está muito ligado às condições de higiene íntima do indivíduo, sendo o estreitamento do prepúcio (fimose) um fator predisponente. O câncer de pênis é um tumor maligno relativamente raro que ocorre quase sempre em pacientes com fimose. Está relacionado às baixas condições sócio-econômicas e de instrução, à má higiene íntima e a indivíduos não circuncidados. No Brasil, o tumor representa 2% de todos os casos de câncer no homem, sendo mais freqeente nas regiões Norte e Nordeste do que nas regiões Sul e Sudeste. Nas regiões de maior incidência, o câncer de pênis supera os casos de câncer de próstata e de bexiga.

Sintomas A manifestação clínica mais comum do câncer de pênis é caracterizada por uma ferida ou úlcera persistente, ou ainda por uma tumoração localizada na glande, prepúcio ou corpo do pênis. A presença de uma destas manifestações, associadas à presença de uma secreção branca pode ser um sinal de câncer no pênis. Neste caso, um especialista deverá ser consultado. Além da tumoração no pênis, é possível a presença de ínguas na virilha, o que pode ser um sinal agravante na progressão da doença. É importante, ao fazer a higiene íntima, realizar o auto-exame do pênis, estando atento à perda de pigmentação ou manchas esbranquiçadas, feridas e caroços no pênis que não desapareceram e que apresentem secreções e mau cheiro, ínguas e inflamações de longo período com vermelhidão e coceira.

Fatores de Risco Homens que não foram operados de fimose possuem maior probabilidade de desenvolver este tipo de câncer. A fimose ocorre quando a pele de prepúcio é muito estreita ou pouco elástica, o que impede a exposição da glande ("cabeça" do pênis), dificultando assim uma limpeza adequada. Outro fator de risco é a prática sexual com diferentes parceiros sem o uso de camisinha. A utilização do preservativo é imprescindível em qualquer relação sexual, pois ela diminui a chance de contágio de doenças sexualmente transmissíveis, como o vírus HPV (papilomavírus humano), por exemplo.

Prevenção Para prevenir o câncer de pênis, é necessária uma limpeza diária com água e sabão, principalmente após as relações sexuais e a masturbação. É fundamental ensinar às crianças desde cedo os hábitos de higiene íntima, que devem ser praticados todos os dias. A cirurgia de fimose é uma operação simples e rápida, que não necessita de internação. Esta operação, chamada circuncisão, é normalmente realizada na infância. Tanto homens circuncidados, como os não-circuncidados, reduzem as chances de desenvolver este tipo de câncer com bons hábitos de higiene.

Diagnóstico Todas as lesões ou tumorações penianas, independente da presença da fimose, deverão ser avaliadas por um médico: principalmente aquelas de evolução lenta e que não responderam aos tratamentos convencionais. Estas lesões irão para análise, quando será dado o diagnóstico final. A suspeita diagnóstica surge em pacientes com história de úlceras penianas com cheiro forte, resistente a vários tratamentos tópicos. A confirmação diagnóstica é feita pelo exame anatomopatológico da lesão.

Tratamento O tratamento depende da extensão local do tumor e do comprometimento dos gânglios inguinais. Cirurgia, radioterapia e quimioterapia podem ser oferecidas. A cirurgia é o tratamento mais frequentemente realizado para controle local da doença. O diagnóstico precoce é fundamental para evitar o crescimento local da doença e a posterior amputação do pênis, que trazem consequências físicas, sexuais e psicológicas ao homem. Por isso, quanto mais cedo iniciar o tratamento, maiores são as chances de cura. O tratamento é cirúrgico, devendo se extirpar a lesão com margem de segurança de 2 cm. Os gânglios regionais também devem ser extirpados. Os casos mais avançados são tratados com quimioterapia.