Notícias

Dia Internacional de Luta Contra o Câncer na Infância - 14/02/2018

Fique atento a quem mais precisa de você!                                           
O câncer é a principal causa morte por doença em crianças e adolescentes no Brasil. Segundo o Instituto Nacional de Câncer - INCA, a estimativa é de que  sejam registrados 12.500 novos casos de câncer na faixa etária de zero a 19 anos em 2018.  
 
As Regiões Sudeste e Nordeste apresentarão os maiores números de casos novos, 5.300 e 2.900, respectivamente, seguidas pelas Regiões Centro-Oeste (1.800 casos novos), Sul (1.300 casos novos) e Norte (1.200 casos novos).
 
Segundo a onco-hematologista pediátrica do Hospital Erasto Gaertner, Dra. Carolina Martins Peixoto, o câncer não é uma doença única. “Na verdade, quando falamos em câncer, estamos falando sobre uma variada gama de doenças e em pediatria não é diferente”, explica a médica.
 
No Brasil, as leucemias representam o maior percentual de incidência (26%) nessa faixa etária, seguida dos linfomas (14%) e tumores do Sistema Nervoso Central (SNC) (13%). Os dados computados pelo  Registro Hospitalar de Câncer do Hospital Erasto Gaertner, entre 2010 e 2014, seguem os mesmos padrões: do total de diagnósticos registrados na Pediatria,  29% dos casos correspondiam a  leucemiasseguido por linfomas (15%) e tumores ósseos (7%).
Os sinais e sintomas que crianças e adolescentes apresentam são bem variáveis e, às vezes, inespecíficos, abrindo espaço para diagnósticos equivocados já que eles podem ser facilmente confundidos com doenças comuns na infância. A atenção deve ser voltada aos detalhes, pois uma febre que não passa pode ser um sinal de alerta. “Uma criança que está brincando bem, mas que de repente começa a se sentir mais cansada e apática, com menos vontade de brincar e, muitas vezes, com dor nas pernas ou costas, por exemplo, pode estar demonstrando sinais que precisam ser investigados”, informa a Dra. Carolina Peixoto.
 
O câncer infantojuvenil se difere em vários aspectos do câncer em um adulto. Muitas vezes, a doença pode ser prevenível em idosos e adultos, já que ela está associada ao estilo de vida, como exposição à luz solar, tabagismo, etilismo e obesidade. Em pediatria, a doença não pode [na maioria das vezes] ser prevenida, pois o fator ambiental não é a principal interferência; o maior inimigo do câncer pediátrico é a interferência genética. Por isso, é de extrema importância a total atenção de pais, familiares e cuidadores para qualquer sintoma persistente.