HEG e Rede Feminina juntos contra o tabagismo
Hoje (29), o Hospital Erasto Gaertner (HEG) e a Rede Feminina de Combate ao Câncer (RFCC) estiveram na Boca Maldita em uma grande ação promovida pela Prefeitura de Curitiba, para marcar o Dia Nacional de Combate ao Fumo.
Em uma tenda montada na rua XV de Novembro, pessoas que passaram pelo local puderam aferir a pressão arterial e fazer teste de glicemia, além de receber importantes orientações a partir de cartazes, banners e de profissionais da saúde.
No mês de agosto, também se comemora o Mês Estadual de Conscientização, Prevenção e Combate ao Câncer de Pulmão, por isso, o objetivo do evento é sensibilizar a população curitibana para a importância do combate ao tabagismo, por meio de parcerias com instituições da sociedade civil organizada que atuam fortemente na promoção da saúde.
Dados do Registro Hospitalar de Câncer do HEG apontam que de janeiro de 2016 a setembro de 2017, o histórico de consumo de tabaco esteve presente em quase 30% dos relatos dos pacientes que iniciaram o tratamento no hospital. Nos casos de câncer de pulmão e de boca, registrados nesse mesmo período, aproximadamente 70% dos pacientes relataram hábito de fumar atual ou previamente.
De acordo com pesquisas da Universidade de São Paulo (USP), cerca de 150 mil publicações científicas, catalogadas nos últimos 30 anos, evidenciam os malefícios do uso do tabaco. Após a fome, o hábito de fumar é a maior causa de mortalidade no mundo, produzindo cerca de 3 milhões de óbitos por ano, o que significa 8.220 óbitos por dia, ou 343 por hora. Das 4.720 substâncias já identificadas na combustão do tabaco, algumas constituem fatores de risco para 56 doenças, algumas delas de alta letalidade e outras com grande potencial incapacitante.
O fumo passivo também preocupa e pode provocar em crianças: infecções de ouvido, ataques de asma mais frequentes e graves, problemas respiratórios, incluindo tosse, espirros e falta de ar, infecções respiratórias, como bronquite e pneumonia, risco aumentado de síndrome da morte súbita infantil (SIDS), entre outros problemas.
"O tabagismo aumenta muito os riscos de o paciente desenvolver algum tipo de tumor, entre eles o câncer de pulmão, bexiga, estômago, esôfago, pâncreas, boca e laringe. Se o alcoolismo estiver associado, os malefícios são potencializados. Os tumores de cabeça e pescoço atingem em sua maioria homens acima de 50 anos, mas atualmente, temos percebido um aumento da incidência também em pacientes com menos de 40 anos, pois o tabagismo e o consumo do álcool têm-se iniciado cada vez mais cedo", explica a médica Paola Pedruzzi do serviço de Cabeça e Pescoço do Hospital Erasto Gaertner.