Encontrar um doador compatível é o sonho de muitos pacientes
Muito se fala sobre a importância da doação de medula óssea, mas poucos brasileiros conhecem realmente este tratamento e as etapas para se tornar um doador. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a chance de encontrar uma medula compatível é, em média, uma em cem mil. Por isso, o trabalho de conscientização acaba se tornando tão essencial, já que quanto maior o número de candidatos dispostos a doar, maior também é a chance de cura para muitos pacientes portadores de leucemias e outras doenças do sangue e do sistema imune.
O transplante de medula nada mais é que o tratamento para algumas doenças malignas que afetam as células do sangue. Ele consiste na substituição de uma medula óssea doente ou deficitária, por células normais de medula óssea, reconstituindo a nova medula. De acordo com o INCA, o número de inscritos dispostos a doar no Brasil cresceu 70% nos últimos 14 anos, e esta evolução ocorreu graças aos investimentos e campanhas de sensibilização da população.
No Hospital Erasto Gaertner, as ações para mobilizar a sociedade a realizar o cadastro e doar a medula são constantes. Além das ações institucionais para conscientização, muitos pacientes e familiares criam suas próprias campanhas a fim de trazer o assunto à tona e mostrar que a doação não causa prejuízo nenhum para o doador e é capaz de salvas muitas vidas. É o caso da paciente da Pediatria, Fernanda Bonett. Ela tem 16 anos e luta contra dois tipos diferentes de leucemia. Juntamente com a sua família, produziu camisetas com frases que inspiram e pedem à comunidade apoio para realizar este sonho que não é somente dela, mas de milhares de pessoas no Brasil que aguardam um resultado positivo de compatibilidade.
No mês de abril, foi lançado nas redes sociais do Hospital, um vídeo de conscientização sobre a importância de se tornar um candidato a doar. O roteiro, criado pela ex-paciente da Pediatria, Karolina Burali, conseguiu, com muita simplicidade, mostrar a importância que a doação de medula tem na vida de quem precisa de um transplante. O vídeo circulou em diversas páginas da internet, foi divulgado em emissoras de televisão e possui mais de 4 mil visualizações. Ele transmite a mensagem de que apesar das dificuldades, a vida no hospital também tem momentos alegres e o dia a dia é feito de pessoas felizes, competentes, engajadas, e, principalmente, amigas. Ao final, uma frase clara e direta é apresentada: “É só uma picadinha para você, mas é a chance de uma nova vida para nós!”.
A doação
O Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME), do Ministério da Saúde, reúne as informações das pessoas dispostas a doar. Quando um paciente necessita de transplante e não possui um doador na família, esse cadastro é consultado. Após a confirmação da compatibilidade, o voluntário é convidado a fazer a doação.
Um grande problema enfrentado na busca pela medula compatível é a desatualização do cadastro dos voluntários, que impossibilita o contato para efetivar a doação. Qualquer alteração nos dados deve ser informada ao REDOME para garantir que a doação seja realizada.
Todo mundo pode ajudar. Para isso é preciso ter entre 18 e 55 anos de idade e ter boa saúde. Para se cadastrar, o candidato a doador deverá procurar o hemocentro mais próximo de sua casa, onde será agendada uma entrevista para esclarecer dúvidas a respeito das doações e, em seguida, será feita a coleta de uma amostra de sangue (10 ml) para verificar características genéticas importantes para a seleção. Os dados do doador são inseridos no cadastro do REDOME e, sempre que surgir um novo paciente, a compatibilidade será verificada.
Mais informações sobre doação de medula óssea, entrar em contato com o Banco de Sangue do Hospital: (041) 3361-5038 ou 3361-5037.