Voltado para as equipes assistenciais e corpo clínico, o objetivo foi conscientizar os profissionais sobre a importância da avaliação e reconhecimento da dor durante o atendimento
Na última semana, o Hospital Erasto Gaertner promoveu o evento “Dor: Perspectivas no Cuidado ao Paciente” com apoio do Centro de Controle da Dor da instituição. Com foco para as equipes assistenciais e corpo clínico, o evento serviu como uma ação de conscientização sobre a importância de avaliação da dor com um olhar mais crítico durante o atendimento. O evento contou com a colaboração de médicos, enfermeiros, psicólogo, fisioterapeutas e uma paciente acompanhada pelo hospital, que compartilharam experiências e aprendizados.
A programação começou com a abertura da Dra. Clarice Yamanouchi, médica especialista em cuidados paliativos, que reforçou a importância do debate sobre a dor e as suas inferências no bem-estar do paciente. Após, foi feita uma introdução sobre o assunto com a enfermeira especialista em oncologia, Juliana Azevedo.
Dando continuidade ao evento, na sequência foi realizada a mesa redonda “A Dor em Perspectiva”. A mesa teve como intuito trazer o entendimento de cada participante sobre a dor. Foi abordado o olhar do paciente e a inferência que a dor traz na qualidade de vida, bem como suas implicações com traumas. O principal foco foi abordar os desafios que a dor traz no cotidiano, assim como abranger a diferença no tratamento com os profissionais da saúde, que precisam estar aptos a ouvir e tratar a dor, não como foco de patologia base, mas, sim, como secundária.
Participaram da mesa redonda: Dr. Rodrigo da Silveira Vasconcellos, reumatologista e médico do Grupo de Dor HEG; Rosane Aparecida Vieira da Silva, enfermeira do HEG; Marilucia Zen Toazza, técnica de enfermagem do HEG; Mylena Cruz, enfermeira especialista em hematologia e oncologia do HEG; Elizabeth Hidemi Otani, fisioterapeuta especialista em atendimento ao paciente oncológico; e Patricia Valeria Betin, paciente que realiza acompanhamento no Ambulatório da Dor do HEG.
Ao final do evento, a psicóloga especialista em Psicologia da Saúde Hospitalar, Nara Ribeiro, realizou uma fala de sensibilização sobre a dor.
A importância do evento vai de encontro com a demanda de um olhar mais crítico que o paciente necessita. A dor é um sinal de alerta para algo que possa estar errado. É com essa prerrogativa, que ele é comumente chamado de “quinto sinal vital”. Afinal, ele precisa ser avaliado juntamente aos demais componentes que evidenciam a estabilidade e quadro do paciente.
A dor é individual e conforme a vivência e experiência do paciente. Assim, os profissionais da assistência precisam estar sempre atentos no melhor manejo. Esse evento faz parte da primeira fase de uma série de treinamentos e discussões sobre a dor no hospital.