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O Hospital Erasto Gaertner luta pelo direito à saúde da população - 30/06/2015

Instituição apoia o Movimento Nacional, que teve início no dia 29/06               


O Hospital Erasto Gaertner apoia a campanha “Acesso à Saúde – Meu Direito é um Dever do Governo”. Com o objetivo de alertar os brasileiros sobre a condição financeira precária das instituições filantrópicas, a iniciativa foi proposta pelo Movimento Nacional das Santas Casas e dos Hospitais Filantrópicos no Sistema Único de Saúde (SUS).

As instituições prestam um serviço e um atendimento de qualidade, mas, infelizmente, não têm recebido recursos financeiros suficientes para o custeio desses serviços prestados à pacientes do SUS. No Hospital Erasto Gaertner, cerca de 93% dos atendimentos realizados são viabilizados pelo SUS, o que agrava ainda mais a situação.

Segunda-feira (29 de junho), houve o começo da mobilização e, na ocasião, gestores dos hospitais locais esclareceram para autoridades e representantes dos vários setores da sociedade as dificuldades enfrentadas pela rede de atendimento e as consequências de um provável colapso do sistema para o SUS.

“A sociedade precisa entender melhor o hospital. O câncer tem crescido nacionalmente e é necessário que a população entenda mais sobre a doença e o sobre os custos dos tratamentos. Nos últimos meses, as despesas aumentaram muito por conta da instabilidade econômica que o país atravessa, mas não houve nenhum reajuste de retorno para a instituição. A campanha casa muito bem com os princípios da gestão do hospital, pois queremos que a sociedade faça parte da nossa realidade. Do total de atendimentos, 93% são para pacientes do SUS e o retorno que recebemos é de apenas 65% para cobrir as despesas. O restante, temos que correr atrás com doações e incentivos”, afirma o superintendente do Hospital Erasto Gaertner, Adriano Lago.

 

Cenário

Um levantamento recente da Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná (Femipa) indicou que dos 59 afiliados, 38 instituições somam mais de R$ 1 bilhão em dívidas. Desse total, a maior parte é com empréstimos bancários (R$ 319 milhões), seguida pelos valores devidos a fornecedores (R$ 233 milhões) e pelos tributos (R$ 157 milhões).

 “Precisamos somar forças e buscar o apoio da população, das autoridades e também dos secretários municipais de Saúde e do secretário estadual, Michele Caputo Neto. Queremos reivindicar ao Ministério da Saúde mais recursos para o SUS”, afirma o presidente da Femipa, Luiz Soares Koury.